Casamento com muita história!

Amei ter recebido as fotos deste casamento. Não só pelo carinho com os noivos e pela beleza das imagens, mas porque a história de tudo é linda e cheia de significados!!! A noiva, Gabriela (mineirinha de BH), me escreveu contando todos os detalhes: “Meu sogro ficou super doente quando começamos a organizar o casamento. Ficou 40 dias no CTI e por isso não sabíamos se ele iria conseguir ir até BH para o casamento (que a princípio seria todo lá).

O João meu marido, pediu então aos meus pais para que o casamento fosse em SP. Meus pais concordaram, mas não achei uma igreja (com data disponível que realmente queria casar), não tinha vínculo com nenhuma delas… Resolvemos fazer a cerimônia com um celebrante no mesmo lugar da festa e casar em uma igreja em BH para pouquíssimos convidados. A idéia era uma cerimônia bem simples, as 11 horas da manhã, em uma capelinha de Belo Horizonte fofa, celebrada por um padre muito querido.

O que era para ser pequeno e restrito resultou em outro casamento… Meu sogro, graças a Deus conseguiu ir para BH e minha mãe resolveu fazer uma almoço na casa da minha avó. No final das contas, a festa que era para pouquíssimas pessoas, acabou sendo para 110 convidados e durou 12 horas.

Outra detalhe diferente do meu casamento, que foi totalmente proposital, foi o envolvimento da minha família. Queria que todos participassem de alguma maneira e minha mãe, super prendada queria dar o toque dela em tudo. Só para você ter uma idéia: A maioria das forminhas de doces foi minha mãe quem fez, outras (as de crochê, ela encomendou de uma moça do interior); foi ela quem fez todos os porta guardanapos (pregou 48.000 florzinhas); subscritou todos os meus 700 convites, escreveu o nome dos doces nas plaquinhas para a mesa de doces, etc. (Fez 1 ano antes curso de caligrafia para isso); fez também todos os sabonetes do banheiro (personalizados), assim como a caixa dos banheiros; comprou uma máquina de relevo para deixar o meu monograma estampado nos lençinhos da cerimônia; fez todos os saquinhos com arroz de coração; fez todas as caixinhas de docinhos, para os convidados levarem como lembrancinha; fez o meu porta aliança, com um tecido que eu trouxe de Burano que tinha a mesma renda do meu vestido; fez todos os bouquet de pérola das damas; os saquinhos das amêndoas (labas); o lacinho de todos os bem casados (de renda que ela mesmo engomou). Já a minha tia Juliana, que é fotografa fez o álbum de casamento e as fotos para o save the date. Eu desenhei o vestido e minha prima o desenho do bordado do vestido das damas.

Os santos barrocos que decoravam as mesas e o altar foram trazidos de Minas, são todos do acervo pessoal da minha família. O crucifixo que casei era da minha bisavó e foi usado pela minha mãe no casamento dela também!!

Outra coisa que fiz super questão, foi de deixar o casamento com a identidade dos noivos. Meu marido é de origem libanesa, então pedi ao buffet França que servisse várias entradas libanesas, como charutinho de folha de uva, mini kibe, etc… Coloquei também uma música árabe logo após o corte do bolo (surpresa) para homenagear a família dele, foi um sucesso, todo mundo dançou e entrou no clima.

Já para homenagear os mineiros, servi pão de queijo no lanche da madrugada, um doce de leite em mini vidrinhos na mesa dos doces, que foi feito por uma tia minha na fazenda dela (delicioso) e a Help Bar também desenvolveu um drink super legal: Shot de Cachaça mineira no copo com borda de paçoca que uma colher de doce de leite mineiro (Sucesso total).

Como fui a primeira de todas as primas e amigas a se casar, mandei fazer um bouquet pequeno que dei para algumas amigas e primas com um cartão já que só uma pegaria o bouquet …

Bom, desculpe esse bombardeio de informações, mas acho que foi isso que fez o meu casamento ser especial, pelo menos para mim e para minha família! Espero inspirar algumas noivinhas!!”