A algum tempo atrás postei uma foto linda no nosso instagram falando sobre elopement weddings. A imagem era de um casamento fora do Brasil, onde essa prática é bastante comum, e poucos minutos depois, acabei sendo surpreendida com um comentário e um direct da Tatiana contando pra gente que o seu casamento também foi um elopement wedding! Desde então fiquei super ansiosa para compartilhar a história dela aqui no blog.
Para quem ainda não conhece esse estilo de casamento, ele está sendo bem difundido no Brasil como “casamento a dois”. O termo “to elope” significa fugir do seu lugar de origem para nunca mais retornar. Antigamente, bem antigamente mesmo, ele era muito utilizado para definir quando uma mulher abandonava o seu marido para ficar com o amante. Até poucos anos atrás, essa prática era considerada crime e punível com pena de prisão. Depois o termo passou a definir o casal que fugia para se casar, sem necessariamente ter que abandonar o companheiro anterior.
Hoje em dia muito se diz que o elopement é utilizado pelos casais que querem se casar de maneira repentina, até mesmo de forma secreta, sem a presença dos familiares ou amigos, um casamento com um número super limitado de pessoas. Vi que muitos sites também dizem que os noivos que optam por um elopement querem fugir dos gastos de um casamento tradicional, mas com isso eu não consigo concordar, afinal, o significado desse formato de celebração vai muito mais além.
O elopement wedding é ideal para os casais não tradicionais, que querem viver uma experiência única a dois, em um cenário belíssimo e abrem mão das burocracias que envolvem um casamento tradicional. No caso da Tatiana e do William, essa experiência foi vivida a quatro, se contarmos o pequeno filho do casal e o irmão do noivo, que acompanhou toda a história dos noivos e celebrou essa união em Criciúma!
A chuva que caiu torrencialmente ao final da celebração não abalou o sentimento nem a emoção vivida ao pé da cachoeira como Tatiana e William tanto desejavam! Foram apenas três meses preparando tudo e cada detalhe neste elopement trás uma linda história de família.
História de amor:
“Nos conhecemos em meados do ano 2000, quando ele começou a trabalhar na mesma empresa de viagens e turismo, porém em outro setor. Muito tímido, bem na dele e bem gatinho rsrs.
Ficamos um bom tempo sem qualquer afinidade além do profissional, até porque éramos super diferentes, eu, muita baladeira, ele, caseiro e apreciador de trash metal.
Depois de um tempo fomos nos aproximando, até que numa ocasião, toda a empresa foi de ônibus para um velório de um colaborador em outra cidade. Sim, nosso primeiro beijo foi dentro do ônibus na volta pra casa. Combinamos de sair naquela noite, uma boate descolada da cidade.
Dessa noite pra começarmos a namorar foi rápido. Ficamos juntos por 1 ano de 10 meses, porém as diferenças que eram muitas, falaram mais alto e terminamos.
Não foi um término muito amigável e perdemos contato, apesar de termos nos visto umas 3 vezes na cidade.
Tive outros relacionamentos sérios que não foram pra frente. Porém sempre estive próxima a mãe dele, durante anos.
Em 2009 fomos visitá-la e ele estava em casa.
Pela primeira vez me cumprimentou com simpatia. Fiquei mexida.
Começamos a conversar pelo orkut. Me convidou para curtir uma festa no estilo dele, música pesada, pessoas que eu não conhecia. Fui e curti.
Foram 8 anos amadurecendo pra descobrir que ele sempre foi o melhor pra mim, éramos perfeitos um pro outro, porém na época errada, parecia que finalmente estávamos na mesma sintonia. Comecei a curtir as músicas, os amigos, respeitar e aceitar a individualidade dele, coisa que ele sempre fez por mim, então em julho começamos a namorar.
Em maio de 2010, descobri que teríamos um bebê. Foi uma loucura, sabíamos que queríamos ficar juntos, mas não tínhamos planos de casar, morar junto, não tínhamos uma casa pra começar uma família, nadinha. Incrivelmente nada disso nos abalou, pelo contrário, nos fortaleceu e nos fez buscar as melhores alternativas, as mais viáveis e econômicas, dentro das nossas possibilidades.
Quanto completei 7 meses de gestação ele veio morar comigo e a minha mãe, nosso bebê nasceu no dia 27 de dezembro de 2010.
Em 2013 fomos para o apartamento que havíamos comprado na planta, surpreendentemente o local onde foi construído, era o mesmo onde ficava a balada descolada da cidade onde tivemos nosso primeiro encontro anos antes.
Em 2015 decidimos oficializar nossa união em cartório, porém para comemorar a união queríamos algo diferente, livre de qualquer crença e a dois.
Convidamos o irmão dele que acompanhou toda a nossa história para ser o celebrante, foram alguns quilômetros de Brasília até Criciúma para celebrar nossa união com lindas e perfeitas palavras, diante de uma cachoeira maravilhosa, tendo toda a natureza ao redor como testemunha.” – Tatiana
“Nosso bebê, um mocinho já, nos trouxe as alianças num bonequinho que o William ganhou da avó paterna ainda criança, e que a minha sogra guardou com todo carinho durante todo esse tempo. No meu buquê, um pingente de menininha que a minha mãe ganhou quando estava grávida de mim.
Tudo foi pensado e planejado em 3 meses!! Choveu muito no dia, mas mesmo assim valeu muito. Foi um momento singelo, de muita alegria, união e cumplicidade, que reafirmou todas as nossas certezas de que queremos ficar juntos o tempo que a vida nos permitir. Recomendo a todos os casais!” – Tatiana
E você, querida leitora, também gostou do casamento da Tatiana? Não se esqueça de salvar na pastinha os detalhes que mais te encantaram! Para compartilhar o casamento com as amigas, basta clicar no botão “compartilhar” ou “share” aqui em baixo. E se você já casou e quer ver o seu grande dia aqui também, envie suas fotos para contato@noivadodia.com.br, vou adorar publicar!