fbpx

Aprendendo com o chef – Frango Jasmine e Arroz de lavanda

Como já falamos aqui antes, a proposta do blog é que ele seja uma ferramenta completa para as noivas e sempre noivas (esposas). Sabemos o quanto a maioria das noivinhas e recém casadas se empenham para serem boas esposas e donas de casa. E poucas coisas fazem tanto milagre quanto uma comidinha caseira feita com o amor e especialmente para o amado. Eles não resistem. E com razão!

Pensando nisso, para termos mais essa “carta na manga”, convidamos o renomado Chefe Gabriel Trillo para nos ensinar truques e dar dicas simples, porém profissionais, para arrasarmos e prendermos o ‘namorido’ também pela barriga. hihihi

chefe-gabriel-trillo

Eu, Mah, tive o prazer de estudar com o Gabriel no ensino médio e durante os três anos ele foi um aluno super aplicado. Essa mesma dedicação ele levou para a cozinha e em pouco tempo se destacou aqui em BH. Formado em Gastronomia e Administração, ele já foi chefe de hotéis e restaurantes famosos, como Ouro Minas, Villa Riza e Verano. Atualmente ele promove cursos de culinária para amantes de gastronomia de todos os níveis, de principiantes à avançados. (Para saber mais, clique aqui.)

A partir de agora o Gabriel terá uma coluna mensal no nosso blog: Aprendendo com o chef. E tudo o que posso dizer é: aproveitem ao máximo todas as dicas e coloquem em prática! Não é todos os dias que temos o privilégio de aprender (de graça) com um chefe! 😉

—-
Comer bem sempre foi o desejo maior do ser humano. Antes de descobrirmos os prazeres da vida e os lazeres, descobrimos que nosso organismo é tão seletivo em relação à nossa comida que somos capazes de rejeitar outros alimentos em troca, por exemplo, do leite materno. Eu mesmo, quando bebê, tinha alergia ao leite de vaca e devia ser alimentado com leite de cabra, grãos ou outro. Mas quando crescemos e passamos a ter o poder de escolha, acabamos por dar preferência aos prazeres instantâneos, o melhor sabor, a comida mais rápida… Mudamos, por conta própria ou movidos por anúncios e propagandas, o conceito do “comer bem”. Esquecemos então que somos uma máquina movida a… COMIDA!
Nesse momento, cabe fazer uma comparação entre o corpo humano e um carro flex. Enquanto humanos esfomeados, ingerimos álcool em suas mais variadas espécies, açúcares, glúten, amido, carboidratos, frituras, frutas, legumes, remédios… Trituramos tudo para transformarmos em energia. Funcionamos. Somos POWER FLEX! Os veículos também funcionam. Com etanol, gasolina… Mas experimente colocar diesel, querosene, ou outro líquido no tanque de seu carro e veja o que acontece. Ele poderá, talvez, andar por alguns quarteirões, mas por quanto tempo sustentará o desempenho?
Somos responsáveis por tudo o que ingerimos, não só pelo impacto que causamos em nós mesmos, mas em nossa descendência também! Uma mãe que se alimenta mal provavelmente terá uma criança deficiente em nutrientes, alérgica ou de alguma outra forma afetada pelas escolhas nutricionais dos pais. Enfim, não sou médico. Logo, estou aqui para dizer que há diversas formas de proceder com os mesmos ingredientes e algumas delas são saudáveis e surpreendentemente fáceis! Vejamos por exemplo o filé de peixe. Podemos manipular o filé de um peixe como a tilápia (Baixo teor de gordura, peixe de rio, ótimo sabor e textura) fazendo um empanado e fritando. Ele ficará suculento e saboroso. Mas… é difícil fritar um peixe! Fora o cheiro que gruda nos sofás, cabelos, roupa e tudo o que se move dentro da casa. Seria muito mais fácil untarmos uma assadeira com óleo de canola, azeite extra virgem, aromatizarmos com algumas ervas e levarmos ao forno para assar! Não fede, perfuma a casa. Não agride o organismo, purifica. Além do sabor, que é infinitamente melhor.
Portanto, podem ficar tranquilos queridos leitores. Não vou dizer a vocês o quê comer, mas como fazer, mesmo porque não sou nutricionista. Sou cozinheiro. Logo, posso ajuda-los a preparar, executar os pratos de uma forma, digamos, mais adequada e saudável. Podemos começar com algumas dicas que servirão para todos os pratos que forem produzir:
1) O tempero deve ser produzido por nós mesmos

“Sério? Mas não tenho tempo!” Essa é uma desculpa comum que escuto, mas quem não tem tempo para preparar sua própria refeição, normalmente tem alguém que a faça ou dinheiro para selecionar refeições mais equilibradas.
Vamos começar como numa cozinha profissional. Pelas bases da cozinha. Nesse caso, não vou ensinar a descascar legumes ou lavar folhas, mas vamos pular para os caldos, que substituirão os temperos prontos Sazon, Kinorr, Ajinomoto, Saci… há uma infinidade. Não os use jamais! Os caldos ou fundos os ajudarão a concentrar sabor e aproveitar sobras limpas de sua cozinha, além de concentrarem muito mais propriedades de sabor e de nutrientes. Uma vez prontos, os mesmos poderão ser congelados em cubos, como os tradicionais cubinhos de gelo ou polpas de frutas congeladas poupando assim o seu precioso tempo.

temperos-prontos-x-naturais
2) Diminua o uso do sal 
“Mas como vou temperar a comida?” Temos uma ótima lição dos árabes e indianos em relação a isso. Acostumamos com o sal, mas temos inúmeros temperos que podem ser mais agradáveis que o sal. Vejamos o curry ou o garam masala. Composições de várias ervas e condimentos que por si só já aromatizam um prato com uma complexidade de sabores intrigante! E o melhor é que encontramos diversos deles prontinhos e embalados em supermercados! As ervas e os condimentos também são muito bem vindos quando se trata de temperar. Quando o sal for indispensável, como no caso do feijão, ou do arroz (há controvérsias), tempere com parcimônia. Só não quero ouvir ninguém perguntando quantos gramas de sal por quilo de comida. Isso é pessoal, subjetivo, é um dom, um talento. Só não use demais, ok?
3) Aprenda a controlar a variável TEMPO x TEMPERATURA
“Mas não sou cozinheiro! Como vou saber?” É tudo uma questão de treino. Cada forno e fogão tem um tamanho, composição do metal, distribuição do calor, ventilação, regulagem da chama… Isso só pra começar. Então, para conseguir resultados otimizados, conheça primeiro o seu equipamento. Por mais que existam equipamentos digitais de ótima performance, nada será melhor do que o “faro”, a experiência do cozinheiro (por isso, nunca serei substituído por uma máquina. Graças a Deus!). Treine muito, e ainda assim, nunca chegará a perfeição.
4) Conheça o seu ingrediente
Um dos grandes prazeres que tenho é comprar e receber as mercadorias de minha cozinha. Assim sabemos quem está produzindo, em que condições, com qual cuidado e carinho entregam… Você, provavelmente, não compra quase nada diretamente de um produtor, mas cuidados como verificar texturas e aromas já são um avanço legal. Analisar, pelo menos, a maneira como os produtos são colocados nas gôndolas dos supermercados são mandamentos para o cozinheiro.
RECEITA: Frango indiano com legumes e arroz de lavanda
PASSO 1: Fundo de frango
INGREDIENTES

500g aparas de frango (resultantes da limpeza do frango. Para isso, compre o peito com osso)
1 cenoura cortada em cubos
1 alho porró cortado em cubos
1 cebola cortada em cubos
50 gramas de salsão em cubos
50 gramas de gordura (manteiga, azeite, óleo…)
3 litros de água
Pimenta do reino, louro em folhas, ervas a gosto.

frango-indiano-legumes

MODO DE FAZER

Refogar os legumes numa panela grande (que comporte o volume de pelo menos 5 litros) com o mínimo de gordura, até que fiquem dourados. Quanto mais tempo dourarem os legumes, mais escura será a coloração do fundo. Acrescentar as aparas de frango e cobrir com água. Esperar levantar fervura e abaixar o fogo. Deixar ferver durante 4 horas, no mínimo. Quanto mais baixo estiver o fogo, mais sabor será conservado dentro do fundo. Coar e deixar reduzir ao volume desejado.
PASSO 2: Tempero para o frango
INGREDIENTES

1 kg sal refinado
20 gramas de pimenta do reino preta moída
20 gramas de pimenta do reino branca moída
5 gramas de noz moscada moída
5 gramas de pimenta síria
5 gramas de alecrim desidratado moído
5 gramas de tomilho desidratado moído
5 gramas de páprica picante

temperos-naturais

Misture todos os ingredientes em um pote hermeticamente fechado e poderá ser guardado por até 6 meses.
PASSO 3: Arroz de lavanda (rende 10 porções)

INGREDIENTES

300 gramas de arroz basmati
10 ml óleo de canola
500 ml água
2 dentes de alho repicados
Sal e lavanda fresca a gosto

arroz-lavanda

MODO DE FAZER

Ferver a água e escaldar o arroz em uma peneira para retirar o excesso de amido. É um processo parecido com o de “lavar o arroz”, mas aqui estaremos somente escaldando, mexendo com uma colher sem quebrar os grãos. Mantenha sempre uma água em ebulição. Em uma segunda panela, refogar o alho com o óleo de canola e acrescentar o arroz. Agregar a água fervente até cobrir o arroz. Temperar a gosto com o sal e a lavanda. Sem mexer o arroz, verificar o nível de líquido dentro da panela e regar constantemente com a água. A panela deverá estar o máximo do tempo fechada e o fogo baixo. A panela ideal para o arroz é a de vidro, pois permite verificar ponto de cozimento e nível de água sem que a mesma seja destampada.

PASSO 4: Legumes (rende 10 porções)

INGREDIENTES

200 gramas de batatas
200 gramas de cenoura
100 gramas de baroa
200 gramas de abobrinha italiana
50 gramas de vagem
50 gramas de cebola baby

legumes

MODO DE FAZER

Lavar e descascar todos os legumes. Cortar cada um de uma maneira diferente para ressaltá-los na montagem do prato. A batata em cubos, a cenoura em semicírculos, a vagem em diagonal, a baroa em rodelas, a abobrinha em bastões, a cebola baby pela metade.

Cada legume tem um ponto de cozimento diferente. Logo, se colocarmos todos os legumes ao mesmo tempo para cozinhar, teremos uma sopa de abobrinha (que cozinha mais rápido) com crocantes de batata (que tem um tempo de cozimento maior). Então, o ideal seria separarmos os legumes, conduzindo um cozimento específico para cada um deles:

Batatas e Baroa: Cozinhar em água temperada por aproximadamente 7 minutos
Abobrinha e Cenoura: Cozinhar na panela abafada com papel manteiga – cozinhar somente com azeite, sal e um pouco de água
Vagem: Cozinhar em água fervente (deixar ferver primeiro) durante 2 minutos. Resfriar imediatamente em água gelada para manter a cor e sabor quando for reaquecida
Cebola baby: Cortar as cebolas ao meio no sentido do comprimento sem separar as escamas da cebola. Untar o tabuleiro com azeite extra virgem e temperar com temperos desidratados como páprica, pimenta do reino em grão, sal grosso etc. Assar em forno pre aquecido a 150 graus durante 20 minutos com o lado interno virado para baixo.
PASSO 5: Frango indiano (rende 10 porções)
INGREDIENTES

1,5 kg Peito de frango desossado e cortado em bifes
10 gramas de curry em pasta (a escolha do cliente – existe grande variedade de composições de curry)
10 gramas de alho inteiro
10 gramas de cebola em cubos
10 gramas de passas repicadas
10 gramas de maçã em cubos
10 gramas de tempero de frango a gosto
50 ml de azeite

frango-indiano


MODO DE FAZER

Temperar o peito de frango com o tempero de frango a gosto e grelhar em uma frigideira grossa com o mínimo de gordura. Usar preferencialmente uma frigideira teflon para minimizar o uso da gordura. Reservar.

Na mesma frigideira, em fogo médio, acrescentar um pouco de azeite e saltear os dentes de alho e a cebola em cubos. Por último, acrescentar a maçã e saltear até dourar. Agregar o curry, as passas e deglaçar com água fria (aproximadamente 100 ml). Deixar ferver e, se necessário, acrescentar mais água para conferir uma textura de molho à mistura. Reservar o molho.

Dispor o peito de frango numa travessa, cobrir com o molho e levar ao forno a 180 graus durante 20 minutos.

Prontinho! Gostaram?
frango-indiano-legumes-arroz-lavanda
frango-arroz-lavanda-receita

Chanel – Brilho e Feminilidade
Vestidos de noiva Berta Bridal 2014 – Parte 02

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

MENU
Viewed

Você viu recentemente

Fechar

Categorias